Cientista brasileiro reconstitui a trajetória do coronavírus pelo país e aponta os possíveis ensinamentos que a pandemia traz para as futuras crises de saúde.

“Se eu te dissesse que sempre pensei em trabalhar com dinâmicas de transmissão de doenças infecciosas ou epidemiologia genômica, estaria mentindo”. Foi assim que Darlan Cândido começou a contar sua trajetória na área acadêmica. Formado em farmácia pela Universidade Federal do Ceará, o foco inicial de suas pesquisas na pós-graduação foi a reação do sistema imunológico e cardiovascular durante a infecção pelo protozoário Trypanosoma cruzi, o causador da doença de Chagas…. 

“Eu não me identifiquei com o trabalho, não estava feliz. Faltava algo relacionado à saúde pública”, lembra. Sua vida mudou quando encontrou ao acaso o cientista português Nuno Faria, professor da Universidade de Oxford, na Inglaterra, instituição onde Cândido faz seu doutorado. “Foi tudo muito aleatório e inesperado. Acabei mudando de projeto e de orientador”, conta. Hoje, Cândido integra um time de especialistas que investiga as mutações genéticas que um vírus acumula para entender a sua propagação por diferentes cidades, estados e países —como você deve imaginar, esse conhecimento é de vital importância numa pandemia como a que estamos vivendo em 2020. 

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